Fascismo
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A violência fascista

Enquanto os marxistas justificavam a utilização da violência apenas para o momento revolucionário, o fascismo a exaltava. A violência era vista por eles como um instrumento legitimo de afirmação ou defesa de uma idéia. Assim seus militantes organizavam-se em esquadrões de assalto, em bandos de brigões, destacados para atacar seus inimigos políticos, formando as squadristti, do fascismo italiano e as SA (Sturm Abteilung) e a SS (Schutz Staffeln) dos nazistas. Consequentemente viam a guerra como uma instância superior da bravura humana. Era no campo de sangue que o homem revelava a sua coragem e determinação. Logo, odiavam os pacifistas e os defensores da não-violência em geral.

O fascismo desapareceu quase que totalmente depois da completa derrota que os E.U.A, a Grã-Bretanha e a URSS, lhe impôs ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. E, posteriormente, com o desaparecimento da URSS em 1991, acredita-se que dificilmente poderá voltar a se insurgir, pois uma das suas principais motivações era a existência do comunismo.

O fascismo brasileiro

O Brasil, como é sabido, não ficou a margem do movimento fascista. Vários grupos simpatizantes já haviam se organizado em legiões nos anos 20, inspirados em Mussolini, no entanto foi preciso esperar o ano de 1932, quando o escritor e jornalista Plínio Salgado (ex-integrante do Movimento Pau-brasil) fundou a A.I.B. (Ação Integralista Brasileira), em São Paulo, a qual, nos anos trinta, tornou-se "o primeiro partido político brasileiro com implantação nacional" [H.Trindade, pag. 9]

No Brasil, visto suas características miscigenadas, o integralismo assumiu com mais ênfase o anticomunismo e não o racismo ou o anti-semitismo ( 65% dos militantes aderiram ao movimento por serem anticomunistas e somente 5% por sua posição anti-semita [H.Trindade, pag. 161]). Também marcou-o uma inclinação pela religiosidade que não encontramos nem no fascismo italiano e muito menos no neopaganismo nazista. Tanto é que o "Manifesto de Outubro" de 1932, redigido por Plínio Salgado, Chefe Nacional do Integralismo, inicia-se com a frase "Deus dirige os destinos dos povos".

Advogava o advento da "Quarta Humanidade" uma era que integrasse - daí o Integralismo - as etapas anteriores da história humana ( o sentimento de Cosmo da primeira, a iluminação pelo Verbo Divino da segunda, e o senhor dos elementos da terceira) para chegar ao Homem Integral gerado pela futura "Revolução Integral". O lema adotado foi o conservadoríssimo "Deus-Pátria-Família". Trindade diz que o personagem literário, o filósofo Mandaratuba, um pensador ultra-nacionalista e patriota, crente no corporativismo, fascinado pelos heróis e temerosos dos "bárbaros", criado por Plínio Salgado, é uma "caricatura autobiográfica" do próprio autor.

Organizavam-se em "legiões" e subdividiam-se em "bandeiras" e "terços" e cumprimentavam-se bradando "anauê", com o braço estendido a la romana. Chegaram a anunciar a militância de 500 mil de homens e mulheres. Tinham, devido a sua formação disciplinada e gosto pela hierarquia e pelo uniforme, muita simpatia por parte das Forças Armadas, especialmente entre os oficiais da Marinha, a mais conservadora das três forças.

O putsch integralista
 
Com a implantação do Estado Novo por Getúlio Vargas em novembro de 1937, os integralistas esperavam que o ditador convidasse o seu líder Plínio Salgado para um ministério.

Porém, se Getúlio Vargas adotou alguns dos seus princípios (o anticomunismo, o estado forte, autoritário e intervencionista) e os cerimoniais cívicos (o culto ao chefe da nação e os desfiles patrióticos), os excluiu do poder. Em vista disto, os integralista tentaram toma-lo através de um putsch. Na noite de 11 de maio de 1938, liderados pelo tenente Severo Fournier, atacaram o Palácio Guanabara, a residência presidencial no Rio de Janeiro. Enquanto isso outros grupos de ação integralista tentavam prender outros destacados chefes militares do regime getulista. Fracassaram. Getúlio Vargas, que escapou ileso do cerco a que fora submetido, reagindo, os colocou na prisão e o movimento ultra-direitista foi posto na ilegalidade. Plínio Salgado exilou-se em Portugal, acolhido pela ditadura Salazarista.

Os integralistas, não mais com esta denominação, chegaram no entanto ao poder muito tempo depois em apoio à Ditadura Médici (entre 1969-1974), quando vários dos seus antigos militantes assumiram governos estaduais (como no caso do RGS e do Estado do Rio) e elevados cargos ministeriais e administrativos.





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